Se você gosta de ler, principalmente da literatura nacional, você vai
amar isso!
No site “Educar para crescer” encontra-se disponível um teste que
pretende dizer que livro é você. No teste, você responde a 10 perguntas que
traçam o seu perfil e depois sai o resultado. No resultado você descobre qual
obra da literatura nacional é você. Poder sair uma ou mais obras como
resultado.
A pergunta final é a que achei mais intrigante:
Se você fosse mesmo um livro,
gostaria de ser lido por quem?
Meu
resultado:
Reparem que no resultado destaquei algumas características que realmente
têm algo de mim.
"A paixão segundo GH", de Clarice
Lispector
Você é daqueles sujeitos
profundos. Não
que se acham profundos – profundos mesmo. Devido às maquinações constantes da sua
cabecinha, ao
longo do tempo você acumulou milhões de questionamentos. Hoje, em segundos,
você é capaz
de reconsiderar toda a sua existência. A visão de um objeto ou uma fala inocente de alguém às vezes
desencadeiam viagens
dilacerantes aos cantos mais obscuros de sua alma. Em geral, essa tendência
introspectiva não faz de você uma pessoa fácil de se conviver. Aliás, você
desperta até medo em algumas pessoas. Outras simplesmente não o conseguem
entender. Assim é também "A paixão segundo GH",
obra-prima de Clarice Lispector amada-idolatrada por leitores intelectuais e
existencialistas, mas, sejamos sinceros, que assusta a maioria. Essa possível
repulsa, porém, nunca anulará um milésimo de sua força literária. O mesmo vale
para você: agrada
a poucos, mas tem uma força única.
"O primeiro amor passou / O segundo amor passou / O terceiro amor
passou / Mas o coração continua". Estes versos tocam você, pois você
também observa
a vida poeticamente. E
não são só os sentimentos que te inspiram. Pequenas experiências do cotidiano –
aquela moça que passa correndo com o buquê de flores, o vizinho que cantarola
ao buscar o jornal na porta – emocionam você. Seu olhar é doce, mas também perspicaz. "Antologia
poética" (1962), de Drummond, um dos nossos grandes poetas,
também reúne essas qualidades. Seus poemas são singelos e sagazes ao mesmo
tempo, provando que não é preciso ser duro para entender as sutilezas do
cotidiano.
Moderninha e solteira, ou radiante de véu e grinalda? Eis a questão da
jovem (ou nem tão jovem) mulher
profissional, cosmopolita e, apesar de tudo, muito romântica. Eis a sua questão! Confesse:
quantas horas semanais você gasta conversando sobre encontros e desencontros
sentimentais com as suas amigas? Aliás, conversando não. Analisando,
destrinchando... Mas isso não quer dizer que você só questione a existência de
príncipe encantado, não. A vida adulta hoje não está fácil para ninguém, como
bem mostram as 100 crônicas de "Doidas e Santas" (2008),
que retratam os sabores e dissabores da vida sentimental e prática nas grandes
cidades.
É isso, espero que tenham gostado. Faça o teste aqui.
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirFiz o teste e o resultado foi esse:
ResponderExcluir"Memórias póstumas de Brás Cubas", de Machado de Assis
Ok, você não é exatamente uma pessoa fácil e otimista, mas muita gente te adora. É possível, aliás, que você marque a história de sua família, de seu bairro... Quem sabe até de sua cidade? Afinal, você consegue ser inteligente e perspicaz, mas nem por isso virar as costas para a popularidade - um talento raro. Claro que esse cinismo ácido que você teima em destilar afasta alguns, e os mais jovens nem sempre conseguem entendê-lo. Mas nada que seu carisma natural e dinamismo não compensem.
"Memórias póstumas de Brás Cubas" (1881) é considerado o divisor de águas entre os movimentos Romântico e Realista. Uma das expressões da genialidade de Machado de Assis (e de sua refinada ironia), há décadas tem sido leitura obrigatória na maior parte das escolas e costuma agradar aos alunos adolescentes. Já inspirou filme e peças de teatro. É, portanto, um caso de clássico capaz de conquistar leitores variados. Proezas de Machado.
"O alquimista", de Paulo Coelho
Há alguém no seu bairro, na sua empresa ou mesmo na região que não te conheça? Bem, podem não te conhecer pessoalmente, mas já ouviram falar de você com certeza. Popular e carismático, você está para as pessoas ao seu redor o que os best-sellers estão para os leitores: todo mundo conhece, a maioria gosta e/ou admira, mas alguns torcem o nariz devido ao seu excesso de popularidade, ou, é preciso dizer, de superficialidade mesmo. Afinal, essa personalidade que agrada a todos pode ter um quê de falta de personalidade, não é não? Bem, de toda forma, você não se importa com isso. O que importa é compartilhar a sua experiência de vida – mística ou não – e atrair admiradores.
"O alquimista" (1988) é, possivelmente, a mais conhecida das obras de Paulo Coelho, o mago das vendas em livrarias brasileiras e internacionais. Fenômeno de popularidade, já vendeu quase 38 milhões de cópias em todo o mundo e foi publicado em cerca de 140 países. E, claro, ocupa a cabeceira de muita gente em busca de autoconhecimento e entretenimento esotérico.
"Antologia poética", de Carlos Drummond de Andrade
"O primeiro amor passou / O segundo amor passou / O terceiro amor passou / Mas o coração continua". Estes versos tocam você, pois você também observa a vida poeticamente. E não são só os sentimentos que te inspiram. Pequenas experiências do cotidiano – aquela moça que passa correndo com o buquê de flores, o vizinho que cantarola ao buscar o jornal na porta – emocionam você. Seu olhar é doce, mas também perspicaz.
"Antologia poética" (1962), de Drummond, um dos nossos grandes poetas, também reúne essas qualidades. Seus poemas são singelos e sagazes ao mesmo tempo, provando que não é preciso ser duro para entender as sutilezas do cotidiano.