Laura não conseguia admitir nem para si mesma seu interesse por Carlos.
Na solidão de seu quarto ficava a lembrar daquele corpo másculo, dos sedosos cabelos e dos lábios carnudos de Carlos. Ela o desejava, mal o conhecia, e já o desejava ardentemente.
Aquela seria uma noite agonizante para ela, que esperava ansiosamente pelo almoço do dia seguinte. Melhor dizendo, pela companhia que teria no almoço do dia seguinte.
Laura pôs-se a escrever, com a esperança de que as horas passariam mais rapidamente.
Nesta Noite
Nesta noite eu queria desabafar com alguém, mas não tenho ninguém.
Não tenho ninguém que me apoie, que me escute.
Ninguém que me dê carinho, amor e atenção.
Nesta noite eu queria você meu amor, pra me aquecer e me proteger.
Como são frias as noites sem o seu apoio. Como são frias as noites sem o seu braço, sem o seu abraço.
Oh! Meu amor, como sofro com essa distância. Como sofro quando preciso de você e você não está por perto.
Grito! Grito nesta noite cinzenta e gelada pelo seu socorro.
Por favor, venha me socorrer meu amor.
Me socorra deste mundo frio e cruel.
Me salve, me tire deste mundo infame e cruel.
Me salve pois estou perdida.
Estou perdida em problemas, em contratempos.
Queria estar perdida, mas em seus braços e em seus beijos.
Meu amor, eu te peço, eu te imploro por socorro.
Me tire deste lugar e me leve pro paraíso de seus braços.
Laura sentiu seu coração mais aliviado ao escrever estas palavras. Sentia um misto de sentimentos: saudades de Felipe e desejo por Carlos.
Demorou a pegar no sono, dormiu pouco.
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