Capítulo 7 – E no passeio...

6 de agosto de 2013

O parque ficava a poucos metros do restaurante, por isso eles decidiram ir andando. No caminho falaram sobre seus projetos para o futuro. Carlos, apesar de manter-se distante de Laura com receio de assustá-la, sentia o calor de seu corpo e as batidas aceleradas de seu coração.
O clima naquela tarde era ameno e propício para um romance e em meio a palavras trêmulas os olhos entrecruzavam-se e o pensamento de Laura era nos lábios de Carlos. Por alguns instantes ela chegou a sentir o calor de seus lábios e o sabor de seus beijos. Quando Carlos lhe perguntou se aceitava um sorvete ela despertou de seus devaneios e respondeu-lhe prontamente que sim, sem sequer saber o que ele havia perguntado.
- Sente-se naquele banco, apontou Carlos, enquanto vou comprar nosso sorvete. De que sabor você quer o seu?
- Chocolate – respondeu ela.
Laura dirigiu-se ao banco ainda em estado de êxtase por conta de seus pensamentos. Enquanto Carlos não retornava ela pensou em Felipe, em seu livro que seria publicado, na sua viagem a São Paulo e em seus pais. Mais uma vez os seus pensamentos foram interrompidos pela agradável voz de Carlos.
- O seu sorvete – disse-lhe ele.
- Obrigada!
- Percebi que está com o pensamento distante. Estou atrasando-a para algum compromisso?
- De maneira nenhuma. Estava pensando na minha viagem a São Paulo. Tenho muitos compromissos por lá, e o lançamento do livro está me deixando atordoada.
Enquanto conversavam, Carlos observou que Laura olhava atentamente para um casal que estava passeando com uma criança em um carrinho de bebê. Ela pensava no casamento que não aconteceu, na vida que não teve e no bebê que não pôde acalentar. Carlos percebeu que a cena da família feliz trazia lembranças tristes para ela, pois de repente os olhos dela encheram-se de lágrimas e seu semblante mudou.
 Por um momento Laura esquecera-se de Carlos e do passeio, mas ao cair em si agiu de ímpeto com receio de que ele percebesse seu estado de espírito. Aproximou-se dele e lhe abraçou. Carlos, apesar do acontecido, não hesitou e acolheu aquele abraço como se não desejasse mais nada. Os dois ficaram estáticos por algum tempo abraçados.
Naquele momento, Laura desejava ardentemente pelo beijo de Carlos sem saber que ele também desejava beijá-la, mas temia estar indo rápido demais e acabar assustando-a. Surpreendentemente Laura decidira tomar a atitude, beijou-o tão calorosamente e, ao contrário do que temia, fora correspondida. Os dois passearam de mãos dadas o resto da tarde e ao final voltaram àquele mesmo banco para ver o pôr do sol. 

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