Capítulo 6 - No dia seguinte

22 de março de 2011

Logo cedo, Laura já estava de pé. Tomou seu café da manhã como de costume. Um delicioso copo de suco de goiaba acompanhado por panquecas feitas por ela mesma.
Ao terminar seu café foi correndo para o guarda-toupa escolher seu look para o almoço. Ficou indecisa entre uma roupa mais casual e uma mais elegante, acabou decidindo que iria com um vestido leve na cor coral e um salto mediano, nada muito formal.
Apesar de ter escolhido um look singelo, Laura estava bela, elegante e muito sexy. Pronta para arrebatar o coração de Carlos. Era o que ela desejava silenciosamente. Queria se entregar nos braços dele, como se entregara a Felipe, mas tinha que ir com cautela.
Eram 10h30min da manhã quando ela terminou sua maquiagem, passou um suave perfume e um leve batom nos lábios. Estava pronta.
Carlos, que não dormira a noite toda, já a esperava a cerca de uma hora. Quando Laura aproximou-se da janela e percebeu que ele a esperava, decidiu então sair. Seu corpo começou a tremer ao perceber que ele estava vindo ao seu encontro. 
Ela não sabia como agir, ele muito menos. Ambos resolveram se entregar àquela ardente e arrebatadora paixão, mas tentando agir o mais naturalmente possível.
- Oi. – disse ela – Me esperava há muito tempo?
- Não, acabo de chegar. – mentiu Carlos – Podemos ir?
- Podemos sim. Aonde iremos almoçar?
- Pensei em um belo risoto no Prime Piatti. O que acha?
- Me parece perfeito. Gosto muito do risoto de lá.
- Então o que estamos esperando? Vamos?
Carlos abriu a porta do carro, Laura entrou e se acomodou. Carlos já pensava em como faria para convencê-la a um passeio depois do almoço. Laura pensava nos lábios carnudos e nos braços fortes de Carlos.
- Me desculpe à ousadia, quando você voltará de viagem?
- Retorno de São Paulo na terça-feira à noite. Por que a curiosidade?
- É porque tenho um convite a te fazer. Mas não precisa me responder agora, te darei o número do meu celular para que possas pensar um pouco e depois me ligar.
- Certo, mas qual é o convite?
- Pensei em um fondue acompanhado de um vinho italiano.
Louise aproveitou a oportunidade para brincar com Carlos.
- Mas nós vamos beber e não tomar banho.
- Isso quer dizer um sim.
- Calma. Preciso ver o meu estado de espírito depois dessa viagem.
Carlos puxa seu cartão do bolso e o entregou a ela.
- Tenho certeza que seu estado de espírito estará ótimo e você me ligará.
Ele estacionou o carro e desceu rapidamente para abrir a porta para ela. Ela o agradece. Caminham em direção ao mesmo restaurante em que se conheceram.
Para surpresa de Laura, Carlos havia reservado uma mesa em um canto em que poderiam conversar tranquilamente. Carlos é um maravilhoso cavalheiro, e como tal puxa a cadeira para que ela possa se sentar.
- Peça um vinho, por favor. – Disse ela.
Ele chama o garçom e pede um Prosecco e solicita que providenciem um risoto para o almoço.
Laura e Carlos conversam e saboreiam o vinho enquanto não chega o risoto. Falam sobre profissão, sobre seus planos. Carlos a convida para um passeio de no parque depois do almoço e ela aceita. O almoço segue com tranquilidade, sem nenhum desastre. Logo após, eles seguem para o parque.

Capítulo 5 - Uma noite agonizante

16 de março de 2011

Laura não conseguia admitir nem para si mesma seu interesse por Carlos.
Na solidão de seu quarto ficava a lembrar daquele corpo másculo, dos sedosos cabelos e dos lábios carnudos de Carlos. Ela o desejava, mal o conhecia, e já o desejava ardentemente.
Aquela seria uma noite agonizante para ela, que esperava ansiosamente pelo almoço do dia seguinte. Melhor dizendo, pela companhia que teria no almoço do dia seguinte.
Laura pôs-se a escrever, com a esperança de que as horas passariam mais rapidamente.

Nesta Noite
Nesta noite eu queria desabafar com alguém, mas não tenho ninguém.
 Não tenho ninguém que me apoie, que me escute.
Ninguém que me dê carinho, amor e atenção.
Nesta noite eu queria você meu amor, pra me aquecer e me proteger.
Como são frias as noites sem o seu apoio. Como são frias as noites sem o seu braço, sem o seu abraço.
Oh! Meu amor, como sofro com essa distância. Como sofro quando preciso de você e você não está por perto.
Grito! Grito nesta noite cinzenta e gelada pelo seu socorro.
Por favor, venha me socorrer meu amor.
Me socorra deste mundo frio e cruel.
Me salve, me tire deste mundo infame e cruel.
Me salve pois estou perdida.
Estou perdida em problemas, em contratempos.
Queria estar perdida, mas em seus braços e em seus beijos.
Meu amor, eu te peço, eu te imploro por socorro.
Me tire deste lugar e me leve pro paraíso de seus braços.

Laura sentiu seu coração mais aliviado ao escrever estas palavras. Sentia um misto de sentimentos: saudades de Felipe e desejo por Carlos.
Demorou a pegar no sono, dormiu pouco.
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Capítulo 4 - Muito prazer

15 de março de 2011

Laura não disse nem sequer uma palavra. Quando entraram no carro, Carlos atreveu em apresentar-se a ela.
- Meu nome é Carlos.
- Muito prazer, o meu é Laura.
- Laura é um nome muito bonito.
- Eu não gosto muito, gosto mais quando me chamam pelo meu pseudônimo.
- Então você é escritora?
- Sim.
- E qual é o seu pseudônimo?
- Sophia Rios.
- A autora de Folhas do Outono?
- Você leu meu livro?
- Sim, eu o li. É o meu preferido. E acredite, sou seu maior fã.
Laura disse a Carlos onde morava, não pronunciou nenhuma outra palavra, ficou com ar pensativo. Carlos aproveitou o momento de silêncio para pensar em uma maneira de dizer que queria vê-la novamente.
Quando finalmente chegaram, Carlos desceu rapidamente do carro para abrir a porta para ela, como um perfeito cavalheiro.
- Obrigada! – disse Laura.
- Disponha. – respondeu Carlos.
Ela já ia em direção à porta de sua casa quando Carlos resolveu usar como desculpas o transtorno que havia lhe causado, o fato de tê-la feito perder um jantar, para lhe oferecer outro em troca. Ela ficou novamente pensativa e disse:
- Eu aceito, desde que você me prometa não derramar mais vinho em mim. Mas terá que ser um almoço, pois no domingo tenho um almoço em família, e logo depois viajarei para São Paulo.
- Eu prometo – disse ele levantando a mão direita.
- Então você me pega amanhã.
- Combinado. Amanhã às 11:00 fica bom para você?
- Perfeito.
Carlos entrou às pressas no seu carro com receio de que ela voltasse atrás. Viu quando Laura entrou no prédio.
Percebeu que em seu carro a presença de Laura era constante, pois havia deixado seu suave perfume no ar. Quando chegou em casa não conseguia pensar em outra coisa. Laura habitava seus pensamentos.

Capítulo 3 - O encontro

14 de março de 2011

Ao chegar ao restaurante, Laura entristeceu-se ainda mais, pois aquela era uma noite romântica, e deveria estar com seu amado. Léo e Nicole tentavam a todo momento animá-la, relembrando momentos alegres.
De repente aconteceu algo inesperado. Ao passar por uma mesa repleta de rapazes, no exato momento do brinde, um fato que mudaria a vida de Louise para sempre. Ao erguer a taça, um homem robusto e charmoso derrama no vestido de Laura todo o vinho.
- Obrigada! Adoro vinho italiano. – Disse ela em um tom de arrogância.
Ele vira-se e diz:
- Me desculpe, eu não a vi passar.
- Não há o que ser desculpado. Acidentes acontecem. Eu que lhe peço desculpas, falei sem pensar.
Rapidamente Laura vira as costas e se distancia. Segue em direção ao balcão do bar.
O robusto homem, chamado Carlos, aproxima-se novamente, afinal ele sabia que naquela situação, meras desculpas não eram suficientes. Ele escuta a conversa de Louise com Léo e Nicole.
- Léo, me desculpe, mas tenho que ir para casa. Logo começarei a chamar a atenção de todos os presentes e de insetos – brinca Laura.
- Quer que te levemos em casa? – perguntou Léo.
- Não, aproveitem a noite. Eu chamo um táxi.
Carlos decidiu então se oferecer para levá-la em casa, como forma de remediar o incidente que ocorrera.
- Com licença. Eu não pude deixar de ouvir e já que todo esse transtorno foi culpa minha, vim lhe fazer um convite irrecusável.
- Diga, pois já estou de saída. 
- Você disse que já está indo embora, pois bem, eu a levo em casa.
- Não precisa se incomodar. Chamarei um táxi.
- Não é nenhum incômodo. Você aceita minha carona?
Laura ficou em silêncio por alguns segundos, mas logo o silêncio foi interrompido quando seu irmão disse:
- Aceite. Ir de táxi há esta hora é perigoso.
- Tudo bem. - disse ela em um ar contrariado.
Carlos pediu para que ela esperasse apenas alguns minutos, pois iria explicar o motivo de estar indo embora mais cedo para seus amigos. Entretanto, o fato era outro, havia se encantado por Laura e por sua estonteante beleza.
Ela se despediu de Léo e de Nicole e saíram em direção à garagem.

Capítulo 2 - O convite

10 de março de 2011


Era 12 de junho, Dia dos Namorados.
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Para Laura apenas mais um dia em que ela ficaria vendo TV e escrevendo, afinal este é o seu ofício, do qual retira o seu sustento.
Alguém bate à porta, por um segundo ela chegou a imaginar Felipe entrando por aquela porta, segurando-a nos braços e lhe dando um beijo cinematográfico. Este era o único presente que ela gostaria de receber naquele dia.
Toc toc...
O barulho a desperta de seus sonhos e ela segue em direção à porta para abri-la. Ao abrir a porta Laura percebe que era seu irmão Leonardo com sua esposa Nicole.
- Oi Laurinha, tudo bem?
- Tudo bem sim, e vocês? Por favor, entrem.
- Oi Laura.
- Oi Nicole.
Os três sentam-se no sofá.
- Viemos para lhe fazer um convite.
- Já estou curiosa. Digam-me, que convite é esse?
- Hoje à noite iremos jantar no restaurante Prime Piatti, aquele que fica na praça central – disse Léo.
- E fazemos questão da sua presença – completou Nicole.
-Estou tão cansada, além do mais hoje é dia dos namorados e não quero atrapalhar a noite de vocês.
- Você nunca nos atrapalha e você precisa sair um pouco, se distrair.
- Vamos sim cunhada, você não vai nos atrapalhar e sim nos fazer companhia.
- Ok, vocês venceram. Eu vou, mas volto depois da sobremesa. Assim vocês ainda poderão aproveitar o resto da noite.
- Ficamos felizes com a sua decisão. Então vamos Nick, você ainda tem que ir ao salão de beleza. Tchau Laurinha.
- Tchau Léo, tchau Nicole.
- Até mais – disse Nicole.
Laura ficou a refletir o motivo que a levou a aceitar o convite, pois não estava com clima para festas. Decidiu não punir a si mesma por ter aceito o convite de seu irmão, foi então tomar um banho e se preparar para o jantar.

Capítulo 1 - Quem é Laura?

 
Laura, como descrevê-la?
Temperamental. Essa é a melhor palavra para caracterizá-la, além dessa posso citar muitas, muitas outras. Uma mulher sonhadora, renitente, de personalidade forte e arrebatadora. Laura é, acima de tudo, uma mulher intrigante.
Aos 37 anos de idade, Laura vivia solitária em seu belo apartamento herdado de seus pais, que lhe deixou inúmeros legados mental e moral, mas material somente o luxuoso apartamento no centro da cidade de Riachinho.

Nota da Autora

9 de março de 2011



Quando surgiu o desejo de escrever um livro, logo concluí que deveria se tratar de um romance, mas não sabia por onde começar. Lendo a inspiradora Clarice Lispector descobri que deveria se tratar de uma mistura de realidade com ficção.
Esse romance que poderão aqui acompanhar conta a história do amor entre Laura e Carlos. Os cenários e personagens são fictícios. 
Sobre o titulo do livro “Na Brisa do Amor” resolvi optar por um que retratasse algo que é irretratável, pois o amor, queridos leitores, vem do nada e como veio vai embora, assim como uma brisa leve e suave de verão.

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